Imperatriz rebate críticas a enredo indígena: "Não atacamos o agronegócio"
A Imperatriz Leopoldinense se pronunciou pela primeira vez nesta sexta-feira (13) sobre as críticas ao enredo indígena "Xingu - o clamor que vem da Floresta", escolhido para o desfile de 2017 na Marquês de Sapucaí. No último domingo, a apresentadora Fabélia Oliveira, da Rede Goiás (afiliada da Record), reprovou o samba e disse que os índios "morreriam de malária" para preservar sua cultura.
A bancada ruralista em Brasília também não gostou do tema da Imperatiz. O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) vai propor uma investigação sobre o samba-enredo que "denigre a imagem do agronegócio", afirmou em seu site.
Em comunicado, o presidente da Imperatriz Leopoldinense, Luiz Pacheco Drumond, afirma que a escola quer "dar voz à diversidade" e nega que tenha atacado o agronegócio no samba-enredo escolhido para o Carnaval deste ano.
"No trecho de nosso samba 'o Belo Monstro rouba a terra de seus filhos, destrói a mata e seca os rios' estamos nos juntando às populações ribeirinhas, às etnias indígenas ameaçadas, aos ambientalistas e importantes setores da sociedade que se posicionaram contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. Não é uma referência direta, portanto, ao agronegócio, como alguns difundiram", esclareceu o líder da escola de samba.
"Em nenhum momento atacamos o setor do agronegócio e seus trabalhadores. [...] Reforçamos que o nosso enredo não versa contra esta importante cadeia produtiva de nossa economia nem desqualifica os seus incansáveis trabalhadores. Como poderíamos exaltá-los de forma grandiosa num carnaval para em seguida criticá-los no outro?", conclui o presidente, referindo-se ao samba-enredo de 2016, sobre a dupla sertaneja Zezé Di Camargo & Luciano.
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