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Blocos de rua

Doria estuda taxar blocos grandes e "estrangeiros" em São Paulo

Junior Lago/UOL
Imagem: Junior Lago/UOL

Jussara Soares

Colaboração para o UOL

23/01/2017 17h54

O prefeito João Doria (PSDB) estuda taxar os blocos novos que levarão o maior número de pessoas para o Carnaval de Rua de São Paulo. Entre eles, os trios elétricos "estrangeiros", como os dos artistas baianos Daniela Mercury e Carlinhos Brown, que se inscreveram para desfilar pela primeira vez na capital neste ano, com expectativa de público de 50 mil foliões cada um. Blocos paulistanos que arrastam uma multidão, como o Acadêmicos do Baixo Augusta, também poderão ser tarifados.

O assunto foi discutido na manhã desta segunda (23) em uma reunião com a coordenação do Carnaval, com os secretários de Cultura, André Sturm, e os de Prefeituras Regionais, Bruno Covas.
 
A proposta é cobrar uma taxa dos blocos que, sendo da capital ou de fora, geram um maior impacto à cidade e custos para a administração pública, com o uso da Companhia da Engenharia de Trânsito (CET), Guarda Civil Metropolitana (GCM), SPtrans, serviços de saúde e coleta de lixo. 

No caso dos blocos de grandes produtoras de fora da capital, o executivo observa que são empresas que não pagam impostos em São Paulo, nem geram empregos por aqui.

As regras para a taxação dos blocos, como valores e números de pessoas, ainda estão em discussão, mas, de acordo com o governo, não afetarão blocos pequenos e que já fazem o Carnaval de Rua. A medida deve ser publicada em um decreto do prefeito nos próximos dias.

Em entrevista coletiva nesta segunda (23), Doria falou que os grandes blocos serão liberados para fazer um percurso da Avenida Tirantes ao Campo de Batelle, na Zona Norte. Em 2016, a Avenida Tiradentes foi o palco para o Bangalafumenga, Sargento Pimenta, Chega Mais e Quizomba, após o Campo de Marte ter sido vetado por pressão da Liga das Escolas de Samba.

“O Carnaval de Rua cresceu muito em São Paulo. Eu particularmente gosto muito e acho positiva a presença de blocos. Claro, que de maneira ordenada para não prejudicar os que habitam, principalmente, na região da Vila Madalena e os que têm comércios e negócios na região”, disse.