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Blocos de rua

"Não haverá contador de público em blocos", diz secretário de Cultura de SP

O bloco Bando 7, que saiu em cortejo da esquina das ruas Harmonia e Purpurina, na Vila Madalena, no sábado (11) - Reinaldo Canato/UOL
O bloco Bando 7, que saiu em cortejo da esquina das ruas Harmonia e Purpurina, na Vila Madalena, no sábado (11) Imagem: Reinaldo Canato/UOL

Jussara Soares

Colaboração para o UOL

13/02/2017 13h12

O secretário de Cultura de São Paulo, André Sturm, reforçou nesta segunda-feira (13) que não haverá limitação de 20 mil pessoas nos blocos de Vila Madalena e Pinheiros durante o Carnaval de rua, entre os dias 17 de fevereiro e 5 de março. "Claro que ninguém ficará com um contador, controlando a pessoas. Não haverá cordão de isolamento ou muros. As próprias pessoas que impedirão mais pessoas de chegarem", explicou o secretário em apresentação à imprensa.

Uma portaria da Prefeitura Regional de Pinheiros indicou que os blocos da região estavam limitados a 20 mil pessoas, o que gerou dúvida entre os foliões. "O blocos que levam mais pessoas foram convidados a desfilar em outras regiões da cidade, mas nenhum foi impedido de desfilar. Todos que se cadastraram e confirmaram o interessem vão desfilar", acrescentou. De acordo com Sturm, dos blocos de fora que desfilariam pela primeira vez em São Paulo, apenas um manteve o interesse diante da taxa de R$ 240 mil anunciada pela prefeitura. "Essa taxa seria usada para criar a infraestrutura para desfiles na Avenida Tiradentes", explicou. Como apenas o Pipoca da Rainha, de Daniela Mercury, não desistiu, ele sairá na Rua da Consolação, no dia 5 de março. "A taxa ainda não foi definida. Estamos fechando esta semana, vendo os custos que a prefeitura terá."

O Carnaval de rua de São Paulo terá 391 blocos, 28% a mais que no ano passado, quando 306 foram às ruas. Os desfiles ocorrerão em 29 prefeituras regionais. As áreas com maior concentração de blocos são: Sé (119), Pinheiros (89), Lapa (31), Vila Mariana (24) e Santana (17). Como ocorreu no ano anterior, haverá palcos com programações culturais das 19h às 23h para facilitar a dispersão dos foliões. Os palcos estarão no Largo da Batata, em Pinheiros, no Vale do Anhangabaú e na Praça das Artes.

"Concentração e dispersão foram combinadas com os blocos. Foram mais de 150 reuniões que as prefeituras tiveram com os blocos, combinando horário de concentração, percurso e horário de dispersão. Nós teremos palcos no Largo da Batata e no Anhangabaú, que vão começar à noite, para receber o público da dispersão tanto da Vila Madalena quanto dos blocos da Sé. A prefeitura fez toda a sua parte para evitar o que ocorreu no Carnaval nos anos anteriores", disse o prefeito em exercício e secretário das prefeituras regionais, Bruno Covas.

Neste ano, a folia paulistana nas ruas receberá um investimento de R$ 15 milhões do patrocinador oficial, a Skol, rótulo da fabricante de bebidas Ambev. Com este valor, o governo pretende que os investimentos públicos no Carnaval sejam mínimos. Em 2016, a festa nas ruas consumiu R$ 10,5 milhões, dos quais R$ 7 milhões dos cofres municipais e R$ 3,5 milhões da Amstel, cerveja do grupo Heinekein. "Ainda não temos a estimativa de quanto a prefeitura vai gastar, mas será muito menos que no ano passado pelo valor do patrocínio para este ano", observou Sturm.

Infraestrutura

A infraestrutura deste ano para a festa também é maior do que em 2016. Serão disponibilizados 14 mil diárias de banheiros químicos. Em 2016, foram 8.108. Os funcionários que farão a limpeza após a passagem dos blocos foram de 1.282 para 1.506. Serão 48 postos médicos, 365 ambulâncias de remoção (122 a mais que no ano anterior) e 209 ambulâncias UTIs (87 a mais). Os agentes de trânsito aumentaram de 1.700 e 2.900. De acordo com o patrocinador oficial, eles esperam atingir um público de 2 milhões de pessoas.

As vias em que os blocos estão proibidos de desfilar em São Paulo são as avenidas Paulo VI, Sumaré, Brigadeiro Faria Lima (entre a rua Teodoro Sampaio e rua Hélio Pelegrino), Brasil, Cidade Jardim, Nove de Julho, Pedroso de Morais, Eusébio Matoso e Rebouças; ruas Teodoro Sampaio, Cardeal Arcoverde, Henrique Schaumann, Paes Leme, Eugênio de Medeiros, dos Pinheiros (entre as avenidas Pedroso de Morais e Brigadeiro Faria Lima), Estados Unidos, Groenlândia e Butantã; Alameda Santos; e praças Benedito Calixto, Horácio Sabino, Edgard Hermelino Leite e Doutor Julio Conceição Neves -- além de praça Roosevelt e elevado Costa e Silva.