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Prefeitura do Rio pede Força Nacional para fazer segurança no Carnaval

Foliões acompanham cortejo de blocos no início não-oficial do Carnaval do Rio de Janeiro - Giovani Lettiere/UOL
Foliões acompanham cortejo de blocos no início não-oficial do Carnaval do Rio de Janeiro Imagem: Giovani Lettiere/UOL

Carolina Farias

Colaboração para o UOL, no Rio

11/01/2018 13h13

"Quem não gosta de samba bom prefeito não é". Foi com um trecho modificado do "Samba da Minha Terra", de Dorival Caymmi, que o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, abriu o anúncio de como será o Carnaval deste ano no Rio, na manhã desta quinta (11), ao lado do presidente da Riotur, Marcelo Alves. Apesar de parecer mais próximo ao tema Carnaval, Crivella deixou a coletiva antes de responder se este ano vai entregar a chave da cidade à corte do Carnaval na abertura dos desfiles na Marquês de Sapucaí, o que não ocorreu o ano passado.

"Não tenho definição, ainda estamos trabalhando", respondeu Alves, questionado sobre o assunto.

Somente durante o Carnaval, 464 aprovados pela prefeitura vão realizar 600 desfiles. Entre as mudanças anunciadas, está a retirada de mega blocos -com mais de 200 mil pessoas - de Copacabana e a mudança dos trajetos de blocos grandes do Leblon e Ipanema. Eles farão o desfile na orla e não mais nas ruas dos dois bairros nobres da zona sul carioca.

Além disso, os blocos poderão desfilar somente até as 22h, que será controlado pela Guarda.

Com previsão de 6 milhões de foliões nas ruas durante o Carnaval, a Prefeitura do Rio de Janeiro vai contratar 3.375 agentes de segurança privada para auxiliar no trabalho da Guarda Municipal e da Polícia Militar. Eles serão contratados com o dinheiro captado com patrocinadores.

Além dos seguranças privados a prefeitura também vai contar com o apoio da Força Nacional, que foi solicitado pela prefeitura ao Governo Federal.

"Os blocos vão começar antes para não ter desconforto da lei do silêncio. Queremos que o Carnaval cresça, mas com respeito e ordenamento", afirmou o presidente da Riotur.

"Os agentes serão de segurança privada e que eventualmente podem ser PMs em folga. Será contratada uma empresa acostumada a grandes eventos. Eles estarão desarmados e atuarão no apoio à GM e PM.

Dez Torres de monitoramento da Guarda e da PM serão instaladas e cinco centros de controle com 70 câmeras espalhadas pela cidade vão auxiliar nesse trabalho.

De acordo com o pronunciamento, foram captados R$ 38,5 milhões com empresas, entre elas uma cervejaria, uma telefônica, uma fabricante de preservativos e um aplicativo de transporte particular.

Banheiros: nunca suficientes

Foram anunciados 32.569  banheiros - no ano passado foram 31 mil, mas mesmo com um número maior, Alves admite que nunca são suficientes.

"Serão 6 milhões de pessoas. Se colocasse 800 mil não seriam suficientes. Pedimos que o folião use os banheiros. Ano passado teve banheiro que não foi usado", afirmou.

Já Arena Rio Carnaval, a ser construída no Parque dos Atletas, não vai "tirar" blocos de pontos da cidade, mas vai receber também Blocos que já se apresentam em várias partes do Rio. Serão dois blocos por dia, com previsão de 40 mil pessoas diariamente e a entrada será de graça. Um novo anunciou sobre o esquema de segurança da Arena será feito pela prefeitura.