Topo

São Paulo

Com desfalque de rainha, Sabrina Sato brilha sozinha à frente da Gaviões

Madrinha de bateria, Sabrina Sato desfila pela Gaviões da Fiel - Ricardo Matsukawa
Madrinha de bateria, Sabrina Sato desfila pela Gaviões da Fiel
Imagem: Ricardo Matsukawa

Do UOL, em São Paulo

11/02/2018 04h30

Já é tradição: Sabrina Sato abrilhantou mais uma vez o desfile da Gaviões da Fiel, reinando como madrinha da bateria.

A musa ousou na fantasia diminuta, representando a vida marinha, em um enredo que relembra lendas e profecias tupis para contar a história do município de Guarulhos de uma forma diferente. Nas costas, um esplendor imitava um recife de corais.

Sabrina reinou sozinha este ano depois que a escola da torcida corintiana sofreu um desfalque entre suas musas: a rainha da bateria Tati Minerato foi afastada da após uma briga com Renata Teruel em um dos ensaios técnicos no sambódromo.

"Eu gosto de dividir. Nós mulheres, quando a gente se une, só sai coisa boa. É claro que eu sinto falta das meninas, mas é da dificuldade que a gente tira nossa força", disse Sabrina ao UOL, depois do desfile. "Acho que a emoção que veio por isso tudo dá um brilho maior pra escola. A gente tem que aprender nesses momentos. Mas eu falei: 'Essa bateria precisa de mim, eu vou ser forte'".

Ela adiantou que na Vila Isabel, na noite deste domingo, não virá sozinha. "No Rio de Janeiro eu venho sozinha há oito anos e esse ano eu convidei a Dandara, que é minha professora, minha amiga, é da comunidade de Vila Isabel. Todo ensaio ela se emociona, amanhã eu acho que vai ser a mesma coisa".

Ana Paula Minerato, irmã da rainha afastada, saiu à frente de um dos carros, e lamentou a ausência de Tati. "Hoje eu desfilei pelas duas. E a minha irmã não está com a gente na avenida, mas ela está na arquibancada como todo corintiano, torcendo", contou. "É um pouco triste tudo que aconteceu, mas acho que ela fez o papel dela de corintiana e acompanhou o desfile mesmo não desfilando".

Tati, que acompanhou o desfile de um camarote, tentou segurar as lágrimas, mas caiu no choro assim que foi reconhecida por um integrante da escola. Logo em seguida, ela foi abraçada por outro componente. "É chato, triste. Queria estar mesmo que fosse empurrando carro.  É a primeira vez em 20 anos que não desfilo. Enfim, ano que vem eu volto. Tudo serve de aprendizado na vida".