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Em busca do bi, Portela leva Estátua da Liberdade e refugiados à Sapucaí

Atual campeã, Portela conta a saga do grupo de judeus que fundou a cidade de Nova York - Júlio César Guimarães/UOL
Atual campeã, Portela conta a saga do grupo de judeus que fundou a cidade de Nova York
Imagem: Júlio César Guimarães/UOL

Do UOL, em São Paulo

13/02/2018 00h08

Campeã em 2017, a Portela tenta o bicampeonato este ano com um enredo inusitado sobre os judeus portugueses que fugiram da Inquisição para Pernambuco, na época dominado pelos holandeses, e depois seguiram para os Estados Unidos e participaram da fundação de Nova York.

No fim do desfile, a escola de Madureira aproveitou o enredo histórico para mandar um recado ao presidente Donald Trump e de apoio aos imigrantes e refugiados dos dias de hoje, que ainda têm que fugir de perseguições como os judeus portugueses tiveram no século 17.

A mensagem veio representada em botes salva-vidas à frente do último carro, decorado com uma enorme Estátua da Liberdade, o símbolo de Nova York, que saúda quem chega na cidade pelo mar. Os refugiados também foram lembrados em uma ala que contava com a participação de refugiados de verdade.

A parte de trás do último carro ainda trazia os característicos arranha-céus do coração financeiro de Nova York e os famosos letreiros luminosos da Broadway, região da cidade que concentra teatros.

Para completar a viagem dos imigrantes, a azul e branco levou para a avenida imagens como o casario de Recife, as riquezas da cana-de-açúcar, a fauna brasileira (representada em um carro em forma de tatu cuja carapaça se abria) e até um navio pirata, ilustrando a viagem dos imigrantes do Brasil para os Estados Unidos.

Apesar de a história contada ser um pouco enigmática, o samba da Portela foi o que mais levantou o público da Sapucaí até agora.