"Ninguém é obrigado", diz Crivella ao comentar ausência no Carnaval do Rio
O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), afirmou nesta quarta-feira (1) que no Rio ninguém deve ser "obrigado a fazer nada", ao comentar pela primeira vez a sua ausência de eventos tradicionais do Carnaval carioca de 2017, como a entrega simbólica das chaves da Cidade ao Rei Momo e a abertura oficial dos desfiles da Sapucaí.
Foi a primeira vez, em 33 anos de Sambódromo, que o prefeito não participou dessas iniciativas, as quais ajudam a divulgar e promover a festa. Nem os quatro acidentes com 32 feridos fizeram Crivella ir à passarela do samba.
"Estamos tratando de um assunto que já está superado. Acho que cada um no Rio não deve ser obrigado a fazer nada. Tem uma agenda do prefeito que deve ser cumprida e que não necessariamente deve ser a agenda da imprensa", disse o prefeito, em solenidade comemorativa do aniversário da cidade.
Leia a nota oficial de Crivella:
"Me perguntaram hoje por que não fui ao sambódromo. Não fui porque no meu caso seria demagogia. E os malefícios da demagogia na vida pública são extensos.
Ele atinge os bons que se deixam enganar. Envolve os desinformados que não têm como verificar a autenticidade das atitudes meramente políticas. Acaba dominando os próprios demagogos que criam para seu uso uma segunda natureza e assim prometem, enganam, sorriem e dissimulam com a mais comovente naturalidade.
A demagogia é a maior calamidade da vida pública. Não fiz demagogia no carnaval, mas estive atento e preocupado para que o pessoal da Comlurb fizesse o colossal trabalho de recolher 680 t de resíduos. Os Guardas Municipais rebocaram 345 veículos e o pessoal da saúde - extraordinários - fizeram 1749 atendimentos. Isso para não citar Rio Luz e Conservação.
Nos reunimos para adotar medidas que evitem acidentes nos próximos desfiles.
A demagogia é a máscara da democracia. E o povo do Rio rejeita um prefeito com máscara ainda que seja no carnaval."
Prefeito Marcelo Crivella"
Na segunda-feira (27), sem avisar a imprensa, Crivella visitou os feridos no acidente com o carro da Paraíso do Tuiuti e postou uma mensagem no Facebook, elogiada por seguidores.
Durante a campanha eleitoral, Crivella negou que a religião fosse interferir em seu governo e prometeu "governar para as pessoas".
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