Depois das marchinhas, prefeito de SP inspira bloco de rua: "Vou de Doria"

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), segue como o mais forte candidato a grande personagem do Carnaval. Depois de virar marchinhas graças a decisão de apagar grafites na cidade, o político agora inspirou a criação de um novo bloco: o Vou de Doria. Em tom de manifestação, o bloco que surgiu como uma brincadeira no Facebook se reúne no dia 10 de fevereiro, às 19h, no Largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste da capital.
A ideia do Vou de Doria surgiu na manhã de terça-feira (24) durante um café entre as amigas Andreza Delgado, de 21 anos, e Isabella Barboza, de 23 anos. Inicialmente, a proposta era só criar um evento fictício na rede social, pegando carona no Carnaval e na popularidade do prefeito. Mas, três horas depois de anunciado o "desfile", mais de 3 mil pessoas já estavam interessadas em participar. Até agora, já são mais de 20 mil, entre confirmados e os que demonstraram vontade de ir.
“Era um bloco de zoeira, mas, agora não tem jeito, vamos para a rua”, diz a estudante de Direito, Andreza Delgado.
Sem cadastro na Prefeitura para desfilar ou estrutura de som, o Vou de Doria vai ficar no Largo da Batata e está convidando ritmistas de vários blocos da cidade para aparecerem por lá com seus instrumentos. “Vamos fazer só uma batucada.”
Os compositores Vitor Velloso, autor da marchinha “Pinto Por Cima”, e Thiago de Souza, que fez “De Brocha na TV”, foram convidados e devem estar no bloco. As duas músicas ironizam a decisão de Doria de apagar os grafites.
“Isso tudo é resultado da postura do Doria como gestor. Ele vende uma imagem, mas é uma comédia. Ele é nosso Donald Trump (presidente dos Estados Unidos), é altamente ‘zoável’”, diz a estudante.
No evento do bloco Vou de Doria, uma enquete convida o público a escolher uma fantasia de Doria. Entre as opções, há “Doria Aventureira”, “Doria Grey”, “Dorinho” e “Doria Romero Britto.” “Eu realmente acredito que as pessoas vão se fantasiar”, diz Andreza.
Para ela, o bloco é uma maneira de protestar de forma mais leve. “Acho que vai ser uma brincadeira engraçada, mas politizada. E será menos perigoso que fazer um protesto. É Carnaval”, completa.
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