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Blocos de rua

Bola Preta comemora centenário com ironia e críticas no Rio de Janeiro

Cordão do Bola Preta leva multidão ao Centro do Rio de Janeiro tendo como musas a cantora Maria Rita e a atriz Leandra Leal - Marcelo de Jesus/UOL
Cordão do Bola Preta leva multidão ao Centro do Rio de Janeiro tendo como musas a cantora Maria Rita e a atriz Leandra Leal
Imagem: Marcelo de Jesus/UOL

No Rio

10/02/2018 14h33

O Cordão da Bola Preta, bloco mais antigo e popular do Rio de Janeiro, lembrou neste sábado seu primeiro centenário com um espetacular desfile que foi acompanhado por pelo menos um milhão de pessoas pelas ruas do centro da cidade. O Bola Preta foi um dos primeiros blocos a sair neste sábado de Carnaval dentre os cerca de 80 que desfilarão apenas hoje.

No centésimo desfile da sua história, este tradicional bloco deu início à sua festa por volta das 10h, quando seus cinco trios elétricos começaram a percorrer as avenidas Primeiro de Março e Presidente Antônio Carlos.

"Sem a alegria e sem a presença de todos vocês, este bloco não estaria vivo", afirmou o presidente do Bola Preta, Pedro Ernesto, no curto discurso com o qual deu início à festa e após entoar com o público um "Parabéns pra Você" para o grupo pelos seus 100 anos.

As mais emocionadas pela festa pareciam ser a madrinha do bloco, a cantora Maria Rita, e sua porta-bandeira, a atriz Leandra Leal, que já se tornaram símbolos do Bola Preta.

Duas horas depois do início do desfile, os organizadores calcularam em cerca de um milhão de pessoas o número de foliões que participava da festa. O público, em sua grande maioria com chamativas fantasias e alguns levando cartazes com mensagens irônicas, críticas políticas e até invocações religiosas, marchou atrás das bandas dançando ao ritmo das tradicionais marchinhas.

Entre as pessoas que dançavam no meio da multidão com cerveja na mão para refrescar-se do forte calor também se destacavam os que improvisaram fantasias com bolas pretas em um fundo branco como homenagem ao bloco.

O momento de maior aglomeração foi quando o bloco passou em frente ao Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa e cujas escadarias foram tomadas por centenas de pessoas que escolheram um camarote privilegiado para ver a banda passar.