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Foi dada a largada! Carnaval do Rio tem 17 blocos e fantasia-protesto

Orquestra Voadora faz concentração na Praça Marechal Âncora, no Rio, na abertura do Carnaval não oficial - Giovani Lettiere/UOL
Orquestra Voadora faz concentração na Praça Marechal Âncora, no Rio, na abertura do Carnaval não oficial Imagem: Giovani Lettiere/UOL

Giovani Lettiere

Colaboração para o UOL, no Rio

07/01/2018 16h45

O Rio de Janeiro já está sob o reinado de Momo. O Carnaval 2018 na capital fluminense ganhou sua abertura não-oficial neste domingo (7), com 17 blocos, orquestras e fanfarras que lotaram várias praças do Centro da cidade, promovida pela Desliga dos Blocos. A organização prega uma folia independente da que é feita pela Prefeitura do Rio e Riotur.

A nona edição da abertura não-oficial começou às 11h, com a Fanfarra Black Clube, na rua do Lavradio, no Centro. Depois de 2h de concentração e ensaios, a Orquestra Voadora começou a se apresentar às 16h na Praça Marechal Âncora. O local recebeu uma multidão para acompanhar os músicos, ecléticos, que tocam desde Amelinha a Gloria Gaynor, passando por "Dancing With Myself", de Billy Idol.

Luísa Gonçalves - Giovani Lettiere/UOL - Giovani Lettiere/UOL
Luísa Gonçalves protesta contra prefeito do Rio
Imagem: Giovani Lettiere/UOL

Algumas fantasias dos foliões eram de protesto. Como a da advogada Luísa Gonçalves, 24, que toca xequerê (instrumento de percussão) na Orquestra. Ela fez uma coroa com as palavras "Fora Crivella", contra o prefeito do Rio, Marcelo Crivella. "O prefeito não está autorizando muitos blocos a desfilar, cortou dinheiro do Carnaval. Sou contra essa burocracia na folia para os blocos menores. Os maiores não têm jeito. Precisam de melhor estrutura", explicou a advogada, cobertura de purpurina e munida de pochete, acessório que voltou com tudo na folia do ano passado.

As amigas Camila Ferreira, 24, Eugênia Paiva, 28, e Daniella Vargas, 35, se fantasiaram de melindrosas para curtir a festa. "A fantasia é o melhor do Carnaval, é o que caracteriza o Carnaval do Rio. Se não for assim, não é bloco carioca", disse Camila. A produtora, que abriu a folia com figurino clássico, planeja mais ousadia para os próximos blocos que frequentar: "Pretendo vir de E.T. e também de Star Trek".

Clássicos também estavam os amigos Guilherme Menezes, 22, Raphael Raposo, 21, Bruno Paranhos, 21, e Tadeu França, 22. "Pirata é só para o aquecimento do Carnaval. Já preparamos fantasia de cozinheiro, medusa, viking e até raposa", disse Guilherme, que é tradutor.

Entre os mais jovens, faziam sucesso nas bebidas a catuaba e a cachaça de gengibre, com dose a R$ 3. Entre as meninas, as coroas de flores continuam em alta; ambulantes vendiam o acessório por R$ 10. "Está vendendo bem. Não posso reclamar", festejou o camelô Ronaldo Balbino.

Por não ser uma abertura "oficial", o evento não tem estrutura, como banheiros químicos; os foliões precisam ir até a bares próximos. O UOL também presenciou apenas dois policiais militares, da Operação Centro Presente, vigiando a concentração.

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