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Blocos de rua

No aniversário de SP, blocos Baixo Augusta e Tarado pregam liberdade

Sara Puerta

Colaboração para o UOL, em São Paulo

25/01/2018 17h28

O aniversário de São Paulo tornou-se mais uma grande festa dentro da programação de pré-Carnaval da cidade em 2018. Dois dos maiores blocos da capital fizeram na tarde desta quinta-feira (25), um grande encontro na Praça da Sé. Acadêmicos do Baixo Augusta e Tarado Ni Você uniram suas forças e suas bandas para tocar Caetano Veloso, que uma das suas músicas - "É Proibido Proibir" - serviu de inspiração para o tema do bloco do Baixo Augusta deste ano. O músico baiano é "especialidade" do Tarado.

Érica Silveira, estudante de Farmácia, é fiel ao Acadêmicos há três anos. "Para mim é o que há de melhor no Carnaval de São Paulo. Sempre vêem com um tema interessante que tem relação com a nossa situação", disse. As bandas do Tarado e Bloco começaram a tocar por volta das 13h30.

Baixo Augusta e Tarado na Sé - Edson Lopes Jr./UOL - Edson Lopes Jr./UOL
Foliã se diverte em união entre Baixo Augusta e Tarados
Imagem: Edson Lopes Jr./UOL

"Estamos aqui contra o conservadorismo, contra o proibicionismo, a LGBTfobia e o machismo. Essa é uma amostra de como será o nosso Carnaval", disse Alê Youssef, presidente do Acadêmicos do Baixo Augusta.

Rafaela Soares, fundadora do Tarado Ni Você, falou sobre o tema "Profane", que rege o bloco em 2018. "A ideia é lembrar as pessoas de lutarem pela liberdade, de serem o que são, de reverenciarem o sagrado, a alegria e a festa de rua. E o Profane teve muita relação com o tema do Acadêmicos e como é a proposta e a construção do Teatro Oficina".

Baixo Augusta e Tarado na Sé - Edson Lopes Jr./UOL - Edson Lopes Jr./UOL
Foliões se reuniram na Praça da Sé no aniversário de São Paulo
Imagem: Edson Lopes Jr./UOL

Enquanto Acadêmicos trouxe grandes clássicos do samba e do axé, o Tarado, apresentou o "lado A e o lado B" de Caetano Veloso e diversas músicas da época da Tropicália e botou todo mundo pra dançar até 16h30.

Quase no final da apresentação, integrantes do Teatro Oficina fizeram uma performance, rolando um tecido azul pela banda e público simulando uma limpeza. "É para lavar essa cidade da caretisse", disse um dos atores em cena.