Topo

Blocos de rua

Em SP, Tati Quebra Barraco diz que abriu caminho pro funk do empoderamento

A funkeira Tati Quebra Barraco se apresenta no espaço Mooca, em São Paulo - Edson Lopes Júnior/UOL
A funkeira Tati Quebra Barraco se apresenta no espaço Mooca, em São Paulo
Imagem: Edson Lopes Júnior/UOL

Sara Puerta

Do UOL, em São Paulo

26/01/2018 23h55

O segundo dia do festival do Agrada Gregos trouxe blocos e festas LGBTQs famosos na cidade e duas cantoras como headLINEs:  Lia Clark e Tati Quebra Barraco.

Desde o fim da tarde desta sexta-feira (26) o espaço na Mooca, zona leste de São Paulo, teve muito funk, muitos hits das divas do r&b e uma parte dedicada ao trash 80's e axé dos anos 90.

A cantora e dragqueen Lia Clark fez um show enaltecendo a liberdade e criticando a censura que o clip da sua música "Boquetáxi" sofreu no YouTube, sendo considerado impróprio para menores de 18 anos.

A funkeira Tati Quebra Barraco subiu ao palco por volta das 22h30, com duas horas e meia de atraso, mas o público não desanimou em nada pela espera, e seguiu requebrando.

Ao UOL, Tati falou sobre sua trajetória, e disse que abriu caminho para o empoderamento feminino no funk. "O que mudou é que nós mulheres estamos fazendo, mostrando mais. Reafirmando que a gente pode, a gente quer. Nós que estamos mudando. A iniciativa é sempre nossa. Os homens não estão aí. No início foi foda, mas hoje eles tiram onda com a gente", disse ela.

O festival segue nesse fim de semana com shows da Gretchen, Tchakabum e Inês Brasil. Já o bloco Agraga Gregos desfila dia 10 de fevereiro, no Obelisco.

Gabriel Ribeiro, um dos fundadores do Bloco, conta que em quatro anos o Agrada saiu de uma conversa de bar na rua Augusta para ganhar as ruas do Bixiga arrastando 80 mil pessoas.

"A gente fala que o nome é Agrada só Gregos, e sem o Troianos, porque não agradamos todo mundo,não tocamos marchas de Carnaval. O nosso negócio é o pop. E a nossa ideia sempre foi a diversidade, todo mundo junto".