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Valesca pega "ex" em novo clipe e diz que hoje "proibidão" é aceito: "Era apedrejada"

Valesca Popozuda no clipe "Meu Ex" - Reprodução/Instagram/valescapopozuda
Valesca Popozuda no clipe "Meu Ex" Imagem: Reprodução/Instagram/valescapopozuda

Paulo Pacheco

Do UOL, em São Paulo

18/01/2019 15h38

Valesca Popozuda voltou com tudo ao "proibidão", funk explícito que lhe deu fama no grupo "Gaiola das Popozudas" e ganhou novo "boom" em 2018 com o "150bpm" (mais rápido). O primeiro hit da cantora em seu retorno à "putaria", "Meu Ex", teve seu clipe lançado nesta sexta-feira (18).

"Estou na cama com um e, daqui a pouco, o outro bate na porta. Saio devagarzinho para não acordá-lo e vou badalar com esse outro ex. Depois eu o jogo fora e vou encontrando outros durante o clipe. Está bem divertido, bem colorido. No final, era só um sonho", antecipa Valesca ao UOL.

Gravado em um hotel no Rio de Janeiro, o clipe é uma celebração à liberdade das mulheres, segundo a funkeira: "A mensagem é: é na hora que eu quero pegar, não a hora que você quer. Deu vontade? Eu vou. Não me deu? Nem quero saber". A fase empoderada fez Valesca ser mais aceita pelas mulheres.

"Na época da Gaiola, meu público era 100% masculino. Existiam algumas mulheres ali na frente, mas só para ficar observando, não para cantar as músicas. Mudei porque vim de uma mulher batalhadora, guerreira, e também sou, corro atrás, e quero todas as mulheres comigo. A gente que se unir, tem que trazer as mulheres. Graças a Deus conquistei a maioria delas, não só pela música, e pela pessoa que eu sou. Escuto muito isso: 'Odeio funk, mas amo a Valesca'", conta.

Versão "light"

A "Meu Ex" do clipe, porém, é uma versão "light" da lançada em 2018, em que Valesca canta: "Beijei a boca do meu ex". No funk explícito, composto por Ludmilla, ela "senta na pica" mesmo.

"Eu não ia lançar a versão light, mas para minha surpresa a versão explícita atingiu muita gente, porque tinha um tempo que eu não vinha cantando músicas assim. A repercussão foi tão grande que decidi lançar também 'Meu Ex' light, em que beijei a boca do ex. Cortei a 'pica'", brinca.

"Tenho um público jovem e infantil que nem sei como consegui atingir, acho que foi com 'Beijinho no Ombro'. Muitas mães não deixam o filho ouvir 'proibidão'", complementa.

Valesca Popozuda - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

"Era apedrejada"

Em fevereiro, a cantora lançará o EP "Valesca de Volta Pra Gaiola", com letras explícitas e versões "light". O título alusivo à Gaiola das Popozudas não é por acaso: marca o retorno da funkeira ao gênero que lhe rendeu sucessos como "Agora Eu Sou Piranha" e "Tô com o Cu Pegando Fogo".

Valesca comemora a nova ascensão do "proibidão" e analisa o momento bom para voltar a cantar "putaria". Para ela, as músicas explícitas são mais aceitas hoje do que na época da Gaiola.

"Hoje é mais fácil, porque as pessoas cantam e não são tão apedrejadas como eu era antigamente. As pessoas adoram problematizar tudo, é muito 'mimimi'. Parece que estão abrindo mais a cabeça e curtindo mais o 'proibidão', mas na minha época eu era apedrejada de tudo quanto é maneira. Mas eu estava ali com o meu pulso firme. É o que eu gosto de cantar", afirma.