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Após polêmica, Gene Simmons desiste de patentear o "chifrinho do metal"

O baixista e vocalista Gene Simmons, líder do Kiss - Getty Images
O baixista e vocalista Gene Simmons, líder do Kiss Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

22/06/2017 18h17

Após deixar muitos metaleiros revoltados, Gene Simmons desistiu de patentear o famoso "chifrinho do metal". Em nota enviada ao órgão responsável por gerenciar as marcas registradas dos Estados Unidos, o baixista do Kiss confirmou que abandonou o desejo de explorar comercialmente o icônico gesto.

No dia 9 de junho, Simmons anunciou que estava tentando registrar o símbolo que, segundo ele, popularizou durante a turnê do álbum "Hotter Than Hell", de 1974. Caso conseguisse, a restrição seria aplicada para artistas musicais em performances ao vivo ou aparições públicas.

A iniciativa não caiu nada bem para a cena pesada, principalmente com o histórico do músico de tentar ganhar um trocado por diversos produtos da sua banda, desde camisinha a um cruzeiro temático. Estima-se que a fortuna pessoal do baixista seja de US$ 300 milhões.

Wendy Dio, viúva do vocalista Ronnie James Dio, aderiu ao coro contra Simmons dizendo que "o sinal pertence a todos, é um domínio público e não deveria ser comercializado".

O líder do Kiss revelou que sua "inspiração" foi Steve Ditko, o criador de "Homem-Aranha" e "Doutor Estranho", da Marvel, personagens que usam símbolos semelhantes para diferentes finalidades.

Capa do single "Yellow Submarine/Eleanor Rigby" - Reprodução - Reprodução
Capa do single "Yellow Submarine/Eleanor Rigby"
Imagem: Reprodução

O sinal também é associado aos "chifres do diabo" para imitar o focinho de um chacal. Mas, para Bill Byford, do Saxon, "[o chifre] perdeu todas as conotações sobre o demônio. É apenas uma grande saudação, não? Estamos todos aqui, todos gostamos da mesma música".

Em 1966, John Lennon já apareceu em uma foto de divulgação dos Beatles fazendo um símbolo parecido com as mãos. A imagem foi usada posteriormente na reedição do single de "Yellow Submarine/Eleanor Rigby".

Dio foi outro defensor ferrenho da marca da cultura "headbanger" e já havia brincado na década de 1990 dizendo que Simmons um dia poderia afirmar que ele a inventou.