Um dia após tumulto, paulistano curte Exagerado e BaianaSystem no Memorial
Com mudança nos acessos de entrada e saída e reforço de segurança, o segundo dia do evento Carnaval na Praça, no Memorial da América Latina, na Barra Funda, em São Paulo, ocorreu sem o tumulto do dia anterior neste domingo (12). Sem superlotação, os foliões acompanharam com mais tranquilidade os shows do bloco carioca Exagerado e da banda BaianaSystem.
O evento, que inicialmente estava programado para acabar às 20h, terminou mais cedo. O som foi desligado às 18h30 e o público, orientado a deixar o local.
No sábado, quando se apresentaram os blocos Bangalafumenga e Sargento Pimenta, os portões do Memorial foram fechados quando o limite de 10 mil pessoas foi atingido. Com aglomeração do lado de fora, houve tumulto e invasão. Um portão foi arrombado e algumas pessoas pularam as grades e ocuparam a passarela e outras áreas proibidas.
Para este domingo, a organização manteve três portões para a entrada de foliões e dois exclusivos para a saída. O número de seguranças passou de 120 para 205.
Neste domingo, o evento começou às 12h com público pequeno. O bloco Exagerado, fundado em 2015 para homenagear Cazuza, iniciou com os foliões ainda frios.
Aos poucos, à medida que sucessos como ‘Ideologia’, ‘Malandragem’ e ‘Pro Dia Nascer Feliz’ foram tocados, o público começou a entrar no clima. "Eu gosto mais do Banga e do Sargento, mas ontem estava muito tumulto. Hoje estou conseguindo curtir mais, comprar bebida e conversar", disse a jornalista Flávia Piza, de 24 anos.
Fundador do bloco Exagerado, Raphael Braga, de 31 anos, disse que o Carnaval de rua de São Paulo já supera o do Rio. "Os paulistanos pegaram a ideia do Rio e fizeram melhor. Aqui é muito mais organizado", comparou. Segundo ele, o bloco estrear na capital paulista ganha mais projeção. "Se você toca em São Paulo, toca para o Brasil inteiro, disse Braga.
Quando a eletrizante banda BaianaSystem subiu ao palco por volta das 16h30, o Memorial já estava lotado, mas era possível se locomover com tranquilidade mesmo com o público pulando sem parar ao som da mistura da guitarra baiana e do soundsystem jamaicano, com as letras provocativas de Russo Passapusso, compositor e cantor da banda.
"A vibração deles é superpositiva, e as letras são temas atuais. Vim para vê-los apenas", disse a programadora visual Mônica Pinho, 38 anos. "A guitarra baiana e a alma do Russo no palco é que mudam tudo. Eles são a cara da música baiana dessa geração", disse o designer Daniel Araújo, de 26 anos.
"Depois de Salvador, São Paulo talvez seja a cidade que a gente mais tenha essa relação com o público. O Carnaval aqui era uma incógnita, mas o público estava demais, diferente até de um show", disse o guitarrista Roberto Barreto.
A organização – da produtora Oficina da Alegria -- divulgou um público rotativo estimado em 85 mil nos dois dias, sendo 60 mil no sábado e 25 mil neste domingo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.