Explode Corazón transforma casa de show em quadra de escola de samba em BH
O bloco Explode Corazón reconfigurou os antigos bailes de Carnaval e transformou uma casa de shows em quadra de escola de samba, na tarde deste domingo (4), em Belo Horizonte. Em função da previsão de chuva, a apresentação precisou mudar o local da festa, em cima da hora, para um lugar fechado. No entanto, a troca não afetou a animação dos músicos e dos foliões.
Na programação anteriormente divulgada, o bloco desfilaria na rua Sapucaí, no bairro Floresta, reduto da nova boêmia da capital mineira, e também sede do bar Mi Corazón, que dá nome ao bloco. No entanto, com a possibilidade de molhar os foliões, na última semana os organizadores decidiram realizar a festa no Music Hall, uma casa de espetáculos, no bairro Santa Efigênia.
A escolha se mostrou acertada, já que durante toda a tarde deste domingo a chuva esteve presente na capital mineira, ora mais forte, ora mais suave. Mais de 8 mil ingressos haviam sido distribuídos, mas a lotação da casa era de 2 mil pessoas. Por isso, houve revezamento ao longo dos shows.
Foram convidadas duas atrações para a folia: o bloco Unidos do Samba Queixinho, que fez um show animado de uma hora e meia, enquanto a Bartucada divertiu o público por quase duas horas.
Na galera
Pouco antes de terminar a apresentação, a bateria do Bloco Queixinho desceu do palco e foi para a galera. A cientista social Larissa Jeber, 24 anos, estava ao lado da bateria, e adorou a iniciativa.
“Eu vim por causa da Bartucada, que eu já conhecia, mas achei ótimo o show do Samba Queixinho. Valeu muito a pena”, afirmou.
Já a amiga dela, a fisioterapeuta Priscila Lorenzatto, 29 anos, também acompanhou a apresentação do Samba Queixinho pela primeira vez. “Quando a bateria desceu foi muito massa! Agora é a Bartucada”.
E a espera não foi em vão. Quando subiu ao palco com guitarra, teclados, baixo e metais juntos à percussão, a Bartucada inflamou o público. No repertório, releituras no ritmo de samba de clássicos do axé, rock e pop nacional, como Lulu Santos, Titãs, Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso, Skank e Raul Seixas, Banda Eva, Chiclete com Banana e É o Tchan, além de internacionais, como Bob Marley.
Fundada em Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, a Bartucada completa neste ano 46 Carnavais, sendo que em 43 anos as apresentações durante a festa de Momo foram exclusivamente na cidade histórica.
30 mil foliões
Em 2018 será a primeira vez que a Bartucada se apresentará na capital mineira durante o Carnaval, com direito a trio elétrico. O show deste domingo foi um aperitivo da animação que o grupo levará às ruas de Belo Horizonte.
A folia está agendada para o dia 13 de fevereiro, a partir das 14h, na esquina das avenidas Afonso Pena e Brasil.
“Como Belo Horizonte já tem o quarto maior Carnaval do país, a gente tinha que vir tocar aqui, fazer o Carnaval para o maior número possível de pessoas. A expectativa é que 30 mil pessoas nos acompanhem”, afirma o patrono do grupo, José Fernando Castro, 28 anos.
Com quase 160 associados, o grupo se apresenta com ao menos 30 integrantes no palco. Neste Carnaval, além de Belo Horizonte e Diamantina, a Bartucada tem agendados shows em mais seis cidades, sendo dois fora do estado (Rio de Janeiro e Espírito Santo).
Queixinho
O bloco Unidos do Samba Queixinho surgiu em 2009, e até o ano de 2015 realizou as apresentações na praça da Liberdade, na região Centro-Sul de Beagá. Em 2016, com a intenção de descentralizar o Carnaval, mudou a festa para a Pampulha e, no ano passado, a apresentação foi na avenida Nossa Senhora de Fátima, no bairro Carlos Prates. Em 2017, o bloco retornará à praça da Liberdade, no próximo domingo (11), às 14h.
“Nós tocamos clássicos de samba-enredo, pop, funk, ijexá, forró e pagode, com paradinhas e chamadinhas, com as características das melhores escolas de samba”, explica o presidente do bloco, o músico e mestre de bateria Gustavo Caetano, também responsável pelos arranjos.
O grupo começou com dez amigos, e hoje conta com 100 membros, incluindo os cantores Maria Elisa Pompeu, Álvaro Ferr, Brenda Viera e Alessandra Sales, que também toca violão. Eles ensaiam ao longo do ano todo para fazer bonito no Carnaval.
Neste ano, o Samba Queixinho faz homenagem ao teatro de bonecos Giramundo, com o tema “Apocalypse do Queixinho”, em referência ao fundador do Giramundo, Álvaro Apocalypse.
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