Para superar acidente de 2017, Tuiuti leva paneleiros e Temer para Sapucaí
Depois de uma passagem trágica pela Sapucaí em 2017, com um acidente com sua última alegoria que causou a morte da radialista Liza Carioca, a Paraíso do Tuiuti levou um Carnaval de crítica social para a avenida na madrugada desta segunda-feira (12).
Com o enredo "Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?", sobre os 130 anos da Lei Áurea, a escola trouxe o tema para o presente no último setor do desfile, mostrando com muita ironia que a escravidão permanece até hoje, mas de forma diferente.
O último carro representou um novo navio negreiro, com o presidente Michel Temer transformado em um "Vampiro Neo Liberalista", e batedores de panela (em referência aos protestos contra o governo do PT), também lembrados nas fantasias da ala "Manifestoches", com a característica camisa da seleção brasileira de futebol. A arquibancada respondeu à passagem da alegoria com gritos de "Fora, Temer".
As reformas trabalhista e da previdência foram criticadas em alas como a "Guerreiros da CLT", que também lembraram o trabalho precário em fazendas e confecções.
Nas partes anteriores da apresentação, a Tuiuti trouxe a escravidão propriamente dita, fazendo uma crítica de que a abolição não aconteceu de fato até hoje. A história contada pela escola começou na Antiguidade, no Egito, Babilônia e Síria, e a comissão de frente apresentou a vida na senzala.
No ano passado, apesar do acidente, a escola não foi rebaixada mesmo ficando em último lugar, depois que a Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba) decidiu que nenhuma escola cairia para o grupo de acesso.
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