Sem voz, Neguinho da Beija-Flor desfalca festa do título em Nilópolis
Neguinho da Beija-Flor desfalcou a festa do título da azul e branca em Nilópolis na noite desta quarta-feira (14). Segundo membros da diretoria da escola, ele estava sem voz, por isso não foi à comemoração. Mais cedo, Neguinho esteve na Sapucaí para se apresentar em um camarote e acompanhou de perto cada nota da apuração das escolas do Grupo Especial do Rio de Janeiro até a Beija-Flor ser consagrada campeã.
"O povo tem razão, a voz do povo é a voz de Deus. É muito sofrimento", disse Neguinho ao lembrar a triste realidade dos brasileiros retratada no desfile da Beija-Flor.
A azul e branco ganhou o Carnaval de 2018 ao levar para a Sapucaí uma pesada crítica social com o enredo "Monstro é aquele que não sabe amar. Os filhos abandonados da pátria que os pariu" misturando a história da obra "Frankenstein", de Mary Shelley, com a realidade do nosso país.
Edson Celulari veio no carro abre-alas representando Dr. Victor Frankenstein, criador do monstro da ficção. Ratos apareceram já no segundo carro, ao lado de uma favela, precedido por alas com os animais e com barris de petróleo também representando corrupção.
A atriz Cláudia Raia desfilou no chão e lamentou a situação do Brasil após o desfile. "A gente quis cantar outro hino, mas só conseguimos cantar o hino do lamento, do socorro. Pelo amor de Deus, alguém tire o Brasil dessa lama, desse buraco".
Componentes também vieram encenando uma cena protagonizada pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral em um jantar luxuoso em Paris. Sua mulher, Adriana Ancelmo, também foi representada por uma integrante usando uma tornozeleira eletrônica.
O abandono da população, vítima de balas perdidas, da violência e relegados a buscar alimentos no lixo, foi o tema do terceiro carro, com cenas bastante dramáticas.
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